terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Como estamos de Brasil...

Nove dias. Nove dias se passaram desde que chegamos ao Brasil, e eu nem dei por eles. Tem sido surrealista voltar à minha cidade, perceber todas as diferenças, reparar em tudo o que permaneceu igual, intocado pelo tempo. Rever a minha infância, a minha adolescência. Os meus amigos, os conhecidos, os que nunca fizeram diferença na minha vida. Olhar ao redor e desconhecer todo o funcionamento da minha cidade-berço, ao mesmo tempo em que pequenas imagens, cheiros e sons, me transportam, quase que por obrigação, a tempos que escolhi guardar escondidos, numa caixinha qualquer dentro de mim. Coisas que ficaram latentes, na verdade. Sentimentos que eu pensava não existirem, e que de uma hora para a outra berram por mim. Aí vem o nó na garganta, o aperto no peito...e a saudade que deixei calma e profunda, vira tsunami na minha alma. Não tem sido fácil, não tem sido simples, e de facto, ainda não comecei a aproveitar o meu eterno espaço. Ainda estou como um bichinho do mato, me deparando com novidades. Ainda estou como a Matilde, que do alto dos seus dois anos, estranha o novo e pede colo. Mas ainda mais complexo é o reconhecer. É o sentir-me em casa...sim, porque às vezes acontece. Quando por segundos estou confortável numa meória, num espaço, numa lembrança, lembro por fim que isto já não é meu. Já não me pertence. Que mais dia, menos dia, vou embora. Abandonar tudo outra vez, actualizar despedidas, desencontros. Voltar à frieza da web, que, se consegue ser fantástica, ainda não descobriu como me levar o ninho até além-mar. 
É como se eu quisesse entregar a minha alma à menina que aqui cresceu, mas tivesse medo do corte que está por vir. Porque ser estrangeiro, no fundo, é ser de lugar-nenhum. É ter pouso certo, mas nunca ter base plena. Completa. Se somos metade de lá, e metade de cá...no fundo, não temos terra. Só lembranças, saudades e ligações que iniciam e interrompem. E viver assim, de facto, não é para qualquer um. Eu bem sei das minhas fortalezas...mas descobri que a "menina" que fui, também tem fraquezas, e ainda mora em mim. E chora quando vê a avó. Chora quando vê o pipoqueiro de rua. Chora quando ouve a elegância da música brasileira, dentro daquele que foi o seu primeiro carro, e que ainda existe para si. Chora quando vê a cria, descendência da terra, descobrindo o seu primeiro canto, a sua cultura, as suas cores e raízes. Quando lhe ensina as palavras esquecidas, quando lhe mostra as comidas perdidas no tempo. Chora quando pensa que ganhou um mundo, e perdeu outro. Que perdeu anos e anos da companhia da família...e que a vida é breve em exagero. Que acabou por se afastar de si mesma...e nem deu conta. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cheirinho a Natal: os looks escolhidos

Chegou Dezembro...é, oficialmente, altura de sonhar com o Natal. A família à volta da mesa, os miúdos entre rodopios e saltos, ansiosos pelas prendas, pelo convívio...encantados com a magia do bom velhinho, e sempre bem acompanhados pela decoração festiva mais gira do ano! Natal é riso, é um conversar mais alto, mais solto, mais contente. É o Maior pretexto para estar com os nossos, na melhor disposição. Em grande! 

Este ano o nosso Natal vai ser diferente. Novas cores e sons, nova gente. Sabores de reencontro, num velho programa que está guardado na memória. Pronto para ser revivido, experimentado outra vez. Como a altura pede, já andamos à volta dos Kits. Como é de esperar, a Matilde vai usar vestidos que saíram dos meus sonhos. Que têm a nossa cara, a cara de festa que se quer, e mais importante, que passam longe do óbvio. No ano passado, escolhemos um kit Azul inglês, em xadrez bordeaux e lindo. Desta vez, fugimos ao xadrez, porque pessoalmente, já começo a querer fazer a diferença. Este ano, o que me roubou as atenções foram os looks em tecidos lisos, com cores ricas. Estou numa onda de querer um mood sofisticado, elegante e inesperado. O meu floral é de sonho, e está na minha lista por ser um autêntico vestido de boneca. Por isso, temos Kits para a noite de 24 e para o dia 25 escolhidos, e mostro também a minha escolha para a passagem de ano. :)


        O nosso kit para a noite de Natal:
        
        Mini Maison


O nosso kit para o dia 25:


    Outras sugestões:

    Tu Chique

CA Chocolate Azul

    Pedro&Matilde

    Mini Maison

    Mini Maison




    O nosso kit para a passagem de ano:




Como viram, para o Natal não faltam soluções lindas de viver para quem, como eu, cansou do xadrez tradicional da altura. Folhos e rendas marcam para fazer a diferença, e se o floral for inesperado, de preferência em ponto maior, vale a aposta.
Espero que tenham ADORADO.

Beijinhos cá de casa!