terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Teimosia!

Vocês, que acompanham o blog, já sabem que a minha M está naquela fase do "não". Nega tudo! Sim, eu já percebi que ela sabe empregar a palavra quando realmente não quer algo. Mas também já dei conta de que, por vezes, ela entra no "embalo" do "não, não" por tudo, para tudo, e sem nem ouvir o que eu tenho para dizer.

Claro que eu sei que esta é uma fase absolutamente normal. Eu cheguei  à rápida conclusão de que se trata apenas de um momento de crescimento. Ela agora já percebe que pode tomar decisões, que existem opções, que tem vontades e desejos, e que ela própria já consegue ter um papel importante dentro da sua rotina. E para isso, está a exercitar o seu poder. Como conhece o "não", faz uso dele a torto e à direita. 

Estamos agora a treinar o "aceitar". Por exemplo: antes a M só dizia não a tudo, independente do que ouvia, e muitas vezes nem queria negar, mas estava a dar treino às decisões. Agora, ela já abre um sorriso quando uma das opções que lhe dou, agrada. 

Estou a agir diante desta fase, muito por instinto. Mas hoje resolvi ler sobre o assunto, e confesso, fiquei feliz por estar no bom caminho. Mas percebo absolutamente os pais que possam não compreender bem este momento, e trocar os pés pelas mãos na hora de lidar com o "não". E este post existe por isto mesmo. Para elucidar algumas questões, e fazer com que os pais entendam que este fascínio do negar, chega tão de repente como se vai embora, e que pode ser extremamente fácil "tratar" dele.

Vou mostrar aqui, quatro passos a seguir pelos pais. Muito simples, e certeiros.

1 - Ofereça opções:

Chega a noite, e com ela vem a hora de vestir o pijama. Muitas das vezes, a resposta inevitável será o "não". Oferecer opções é uma ótima forma de evitar chatices para os dois lados. Dar duas opções à criança é o suficiente para que ela se sinta integrada nas decisões.

"Queres fazer um jogo com o João, ou queres brincar sozinho?
Queres vestir o pijama branco, ou o amarelo?
Queres arrumar os legos, ou queres guardar os lápis?
Queres ver os Caricas, ou desenhar?
Queres levar a boneca para o banho, ou preferes o baldinho da praia?"

Esta técnica pode ser usada para tudo, evitando grandes aborrecimentos. Use e abuse da estratégia, desde o escolher o que vestir, até ao momento de resolver possíveis briguinhas. 
É importante lembrar que nós, pais, sabemos mais do que os nossos pequenos, e que tudo pode ser transformado em "opções".

2 - Ensine outras respostas:

Como é o caso da minha M, muitas das vezes as crianças insistem no "não" por desconhecerem outras palavras. Sendo assim, é válido ajudar a fortalecer o vocabulário do filhote. E podemos fazer isto através de brincadeiras. 
"Qual é o contrário de não?
O que vem entre o não, e o sim (talvez, pode ser, mais ou menos)?
Qual é o jeito mais simpático de dizer não (não, obrigado)?"

Também podemos criar jogos engraçados, para tornar a arte do negar menos automática...

"O que o cão diz se perguntarmos -queres um osso grandão?"

Quando o seu filho chegar ao "siiim", você pode tentar a pergunta verdadeira, que se quer fazer...

"Hum...o cão quer o osso grande! E tu, queres a sopa e a fruta? Huuum...que booom..."

3 - Use o "não" com moderação:

Em muitos casos, a criança pode estar com alguma fixação pelo "não" por ouvir a palavra diversas vezes. Cabe portanto ao adulto, moderar no uso dela, tornando a situação menos vulgar. É importante tornar o "não" menos frequente, tentando economizar no seu uso. Para tal, podemos usar palavras alternativas, claro que, sempre que possível. Uma forma de o fazer é usar frases específicas para a situação.
"Nunca se bate do gatinho...
Vamos falar mais baixo, por favor...
Tira a mão daí...
Vamos brincar sentadinhos aqui...
Vamos comer iogurte do bebé?"

4 - Seja firme quando necessário:

Por mais "esquematizados" que possamos estar, e preparados para seguir estes passos...vai haver momentos em que, por mais que nos esforcemos, será inevitável combater o "não" com uma ordem. Afinal, é preciso estabelecer limites em diversas situações, como as que envolvem a segurança da criança, por exemplo. Mas não só. O limite é fulcral por diversas razões, pois é importante que o pequeno ou a pequena, entenda que mesmo sabendo ter vontade própria, não podemos exercê-la sempre e em todo lugar, pois isso, entre outras coisas, pode gerar muita confusão.
Assim, não há nenhum problema que o seu filho ou filha perceba que há momentos em que ele não pode fazer escolhas. No caso de ele não entender, vale explicar a hierarquia da questão:

"Porque eu sou a mamã, e o meu trabalho é cuidar de ti. Ponto final."



E é isto, queridos pais. Eu, por cá, vou continuar no treino do sim e do talvez...combatendo o não desenfreado com todas as armas. Espero que estas sugestões possam também ajudar alguém aí deste lado... ;)

E lembrem-se...a educação começa desde pequeninos, em casa, e a responsabilidade maior é dos pais. Formar crianças que entendem limites, e aceitam situações, é criar a possibilidade de um futuro feliz...para elas, principalmente, mas também para nós e para o mundo. ;)

Beijinhos cá de casa!






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2 comentários:

  1. É isso mesmo. Mas às vezes não se trata de teimosia, talvez um vocabulário ainda muito restrito, de quem está se aventurando mas palavras...

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  2. a dificuldade ai é tentar encontrar o equilíbrio da importância dela poder ter decisões e tmb entender que na vida ela n vai conseguir fazer tudo q ela quer, bjsss amigaaa sauadesss

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