terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fotografar na primeira pessoa do singular

Adoro fotografias. Através delas, sou capaz de sentir os cheiros passados, a textura daquele sofá antigo, o som dos domingos na casa da avó...ou dos fins de semana de praia na infância. A fotografia é poderosa.

Gosto sempre mais daquelas naturais, sem poses, sem ensaios. Quando se pode sentir que a máquina e o seu "operador" fizeram um trabalho silencioso. O resultado desta "discrição" de fotógrafo e objeto é sempre mais rico, e vai provocar a alma de quem o observa.

Gosto de capturar detalhes. Adoro uma fotografia do dia em que a Matilde nasceu, onde o meu pai eternizou as nossas mãos entrelaçadas.



Gosto das fotos onde o inesperado fala. Mãos, pés, cabelos, sorriso e olhar...como protagonistas. Gosto de imagens que traduzem momentos: sejam eles de afetos, de emoção, de movimento. O registo pelo registo não me comove minimamente.

Gosto de luz! A natural...das manhãs e do entardecer colorido. A luz branca de um dia limpo de inverno. Pontos de luz...como numa antiga fotografia da minha mãe, a ler no escuro, iluminada indiretamente por um candeeiro amarelado. Gosto de fotografia que conta história. E é deste ponto que surge a ideia deste post: do meu gostar. E por achar que há por aí muitas mães, reais como eu, que partilham desta vontade de ter as melhores imagens dos seus pequeninos.

Quando penso em fotografias belas, penso em intimidade e dia à dia. Penso em naturalidade e proximidade, e por isso mesmo, penso que nós é que somos capazes de contar a história que os nossos olhos vêem. Mas quando penso em fotografias de tirar o fôlego...o projeto Tales of Light é a primeira coisa que me vem à cabeça. Acho incrível a capacidade que o Ricardo Silva tem de construir um enredo, permitindo que criemos a nossa própria versão da história, através apenas do nosso olhar...que deixa de ser distante. No minuto em que pomos os olhos no seu trabalho, o coração começa a trabalhar. Como se ao ver os seus clicks, tivéssemos estado ali, presentes naqueles momentos. Como um livro, que encaminha no tecer do que se conta.

Quando imaginei um post sobre fotografia,  quis que fosse diferente. Que tivesse outro ângulo. Que fosse feito para e por nós, mães e pais, que como a grande maioria, não tem acesso à fotografias profissionais com regularidade, e que ambiciona imagens com beleza, força e história. Imagens bem conseguidas. Quando pedi ao Ricardo que nos desse um help, a resposta foi um "sim" de imediato. Por isso, vamos partilhar com vocês alguns segredinhos básicos, simples e de fácil acesso. 

Não ter fotografias profissionais não é, DE TODO, algo que impeça a família de construir muitos álbuns lindos. Com este post, não há desculpa para não meter mãos às câmaras e treinar, treinar e treinar. Até porque, experimentar fotografia é tão saboroso...

O post vai ficar no cabeçalho do blog. Assim, sempre que surgirem dúvidas...basta clicar lá e dar continuidade ao treino. ;)

Eu ando a testar tooodas as sugestões, e estou a amar. Aqui, podem ver alguns dos meus "testes". Sem grande cenário, sem grande adorno. A Matilde e a sua história, contada ao pé da casa da avó Juju, no dia em que ganhou a sua primeira Barbie.

Aproveitem ESTE POST DELICIOSO, com uma super assinatura, e com grandes dicas e sugestões de um dos fotógrafos mais competentes e encantadores que já vi. 

OBRIGADA, Ricardo!
Pela disponibilidade, pela sensibilidade, pelo interesse e pelo carinho.

Beijinhos em todos e todas!



"Mamã, senta aqui!"




"Quem está à janela?"







A M Veste:

Túnica e calções: Zippy
Elástico de flores: Acessorize
Sapatos em lona: Tino Gonzáles



Um comentário:

  1. Um post sublime!!! Lindo texto e lindas fotografias: um retrato de poesia.

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