Todos já conhecemos a cara do autor. Muito provavelmente, entra nas vossas casas todas as noites. Verdade? Pois cá em casa, entra sim.
Ao olhar para aquele homem, ao ouvir a sua voz, a sua fala mansa...ao perceber o seu esboço de sorriso, o seu esboço de tristeza, a sua seriedade de jornalista...não podia imaginar que conseguisse ser tão profundo, tão fundo, tão sensível e tão criador. Não porque não tenha cara disto tudo, porque até acho que caras destas são geralmente farsas, mas porque ao reconhecer a sua fiel presença, todos os dias, à hora marcada, sem faltas e sem desculpas, dei como certo que o conhecia...mas era assim, de forma rasa e pobre. Quase distante. Sim, distante.
Conheci o jornalista, e esqueci do homem, da alma. É o que acontece com as figuras públicas. Mas quando se é escritor, muito pouco se consegue esconder. Porque as palavras levam pedaços de quem as grava. Roubam pequenas partes do tolo que as emprega, oferecendo para serem devoradas pelo mundo. E este mesmo mundo, se torna capaz de conhecer o coração do autor. Então agora, eu penso que conheço melhor este homem.
Li este livro pela primeira vez, já lá vão uns cinco anos. Lembro de ficar agarrada aquelas páginas, que iam comigo para qualquer canto da casa. Mastiguei tudo. Saboreei. Fiquei chocada. Deslumbrada, encantada. Era fantástico. Cada linha, cada desenvolvimento da história. Mas o que me prendia mesmo, era aquela escrita completamente desconhecida. O Rodrigo Guedes de Carvalho reinventou o "escrever". Criou uma forma única de construir palavras e sentidos. E funciona na perfeição.
Para quem ainda não conhece, fica a dica de um bom (muito bom) livro: Mulher em Branco (Ed. Dom Quixote). Baratucho e pequenino, que é para não se arranjar desculpas. ;)
Beijinhos cá de casa,
e tenham um ótimo fim de semana... ;)
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