Ontem, estivemos os 3 em casa.
"Todos juntos", como diz a Matilde.
Aproveitamos para escapar...
e a nossa fugidinha de casa foi doce e sorridente.
Cheia de sons, sabores e contrastes.
Se foi possível saborear (um bocadinho mais) o estado de graça que é a maternidade,
também foi dia de pensar num futuro próximo.
De pesar algumas coisas...e na nossa balança, o resultado é simples e claro:
a princesa precisa que eu lhe fortaleça as asas.
E assim, ficou decidido:
em Setembro, a menina vai experimentar os seus próprios sabores.
Um bocadinho mais longe de mim, que tonta, já sofro.
Vai voar mais alto, enquanto eu me habituo a assistir apenas.
Vamos dar um importante passo.
É o passo do infantário.
Ontem mesmo, fizemos uma experiência, que serviu também para acalmar o meu coração.
A Matilde ficou, pela primeira vez, naqueles parquinhos de shopping.
Não foi algo muito pensado, mas uma vez que estávamos ali, decidimos tentar.
Neste caso, foi o Bichinhos Carpinteiros.
Não poderia ter sido melhor.
O espaço é fantástico, lúdico e rico.
As educadoras são óptimas, e devidamente qualificadas para a função.
2h15m depois, conseguimos arrancar a menina de lá. Exausta, despenteada e descalça.
Depois uma banhoca e do leitinho, já na cama, disse:
"Feliz, mamã. Matídi feliz na rua. Meninos, escoéga, bunecas..."
Crescer não é fácil, sempre disse a minha mãe.
A Matilde vai crescer um bocado, e eu também, com ela.
O saldo positivo deste crescimento, em que me assombra o sentimento de abandono:
Descobrimos que podemos ir ao cinema quando apetecer.
Descobrimos que a Matilde está crescida, que gosta de escorregas e de piscina de bolas.
Que não chora se estiver sem a mãe.
Que sente-se segura o suficiente para ficar num lugar desconhecido.
Começou, de facto, a aventura da maternidade.
Eles crescem, ensaiam voos, saem do ninho.
Descobrem um mundo para além das nossas asas de mãe.
É a tarefa mais ingrata e gratificante do mundo.
Ser mãe.
E ainda é só o começo.
;)
A M Veste:
T-shirt: Pedro&Matilde
Jardineiras: MIM
Laço XL: Love M
Merceditas: Tino Gonzáles
Lua que texto lindo, cheio de poesia, de amor e de uma dor sabiamente compreendida. Parabéns ! És uma escritora das boa..
ResponderExcluirBeijos Tia Nena.